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Lixão da Estrutural - de acordo com a lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Lixão da Estrutural deverá ser fechado ainda em 2017. Além do Aterro Sanitário de Samambaia, os catadores de lixo reciclável serão transferidos para sete galpões.
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
Para uma Cidade ser de Luxo precisa reciclar seu Lixo
Para nossa cidade ser de luxo e receber mais turistas é necessário cuidar mais das nosso lixo, e principalmente educar nossas crianças para que possam quem sabe orientar os pais no sentido de reciclar sua produção individual de lixo. O Turista é nosso alvo, para tanto temos que atrai-lo para cá, não só pela exuberante beleza das nossas praias, pela nossa gastronomia ou cultura, mas também pela nossa limpeza. Portanto devemos nos cobrar e cobrar dos nossos governantes um bom destino para o nosso lixo, assim teremos um futuro de luxo e poderemos comemorar quando as pessoas voltarem várias vezes a visitarem nosso destino turístico.
Foto: Elisa Van Sluys Menck
Numa sociedade ocupada atualmente com tantas polêmicas, a maioria expressiva da população pelo menos está de acordo com a necessidade de reciclar lixo. Entre o discurso e a prática, no entanto, a distância é enorme. O percentual de resíduos sólidos que se converte em matéria prima para a indústria não chega a 5% no Brasil.
Entulhando o acesso aos ganhos ambientais, sanitários e econômicos da reciclagem há empecilhos de várias ordens. A falta de educação ambiental — e até a falta de educação pura e simples — é mencionada genericamente como a causa principal para as montanhas de resíduos que se acumulam nas ruas e em volta das cidades brasileiras. Isso quando esse material não está boiando nos rios, lagoas e águas costeiras.
O que se ouve de especialistas no tema é que atribuir a este ou àquele fator a responsabilidade exclusiva por essa insuficiência não é a melhor maneira de preenchê-la. Empresários, governantes e cidadãos estão falhando, em graus maiores ou menores, com a tarefa de manter o país limpo e economicamente mais viável. A solução seria sistêmica, portanto.
Cenário
Do ponto de vista das pessoas físicas, a falta de informação é um dos aspectos que mais dificultam a reversão desse cenário. Segundo pesquisa do Ibope encomendada recentemente por uma cervejaria, 66% dos brasileiros afirmam saber pouco ou nada a respeito de coleta seletiva, procedimento importante para a reciclagem, e 28% não sabem citar quais são as cores das lixeiras para coleta do material. Por essa razão, é que, por enquanto, muitos especialistas recomendam, em sociedades como a nossa, a colocação de não mais de duas lixeiras — uma para o lixo seco e outra para o molhado.
Pesquisa
Divulgado em junho, o estudo do Ibope mostra que o brasileiro “sabe da importância da reciclagem para o meio ambiente e acredita que seja uma prática correta, mas isso não se reflete no dia-a-dia”. De 1.816 pessoas consultadas, 94% concordam que a forma certa de descartar o lixo é separar materiais que podem ser reciclados. Além disso, 98% reconhecem que a separação “é importante para o futuro do planeta”, mas 75% não selecionam os materiais recicláveis em casa. “Desses, 39% não separam nem mesmo o lixo orgânico do inorgânico”, afirma o relatório do Ibope, enquanto 56% não utilizam nenhum serviço de coleta seletiva.
São números que induzem a expectativas pessimistas. Ainda assim, a diretora-presidente do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU), Kátia Campos, acredita nas possibilidades de melhora do quadro e da conversão do lixo em riqueza.
Além de avanços como o fechamento do chamado Lixão da Estrutural, classificado como o segundo maior do planeta, e a estruturação de um sistema de seleção de lixo por cooperativas de catadores, ela menciona o engajamento de grupos empresariais na redução de resíduos e no desenvolvimento de compostagens, além da mobilização dos cidadãos em prol da coleta e separação de lixo.
Evento Internacional
1º Congresso Internacional Cidades Lixo Zero (Zero Waste Cities), no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília.
Brasília foi a sede, no início de junho, de um evento internacional para a troca de informações entre representantes de 16 cidades sobre iniciativas bem-sucedidas no campo da limpeza urbana: o Congresso Cidades Lixo Zero. No fim do mês, a Virada do Cerrado 2018, projeto da Secretaria de Meio Ambiente em parceria com a sociedade, focou suas atividades na promoção da coleta seletiva.
Agora o DF se prepara para a Semana Lixo Zero, durante a qual serão discutidas soluções locais para o manejo dos resíduos sólidos e orgânicos, e o Dia Internacional da Limpeza, que se realiza no dia 15 de setembro. A Semana, assim como o Congresso, é iniciativa do Instituto Lixo Zero, organização da sociedade civil. O Dia Internacional da Limpeza dependerá igualmente do ativismo de habitantes do DF ligados em rede com brasileiros em outros estados e estrangeiros
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